Em 1730, Henry Burmester e John Nash fundaram a Burmester & Nash em Londres, dedicada ao comércio de cereais. Mais tarde, em 1750, já em Vila Nova de Gaia, iniciaram a exportação de Vinho do Porto para a Europa e Ilhas Britânicas. O nome da família é oriundo da pequena cidade de Moelln, no norte da Alemanha, derivando do título Burgomestre, que significa chefe de município.
No final do século XVIII, a sociedade é dissolvida e Henry Burmester filho constitui, com os seus dois filhos Frederick e Edward, uma nova companhia de Vinho do Porto, a H. Burmester & Sons.
Em 1822 Frederick Burmester tornou-se um conceituado membro da colónia inglesa em Portugal, sendo Treasurer da Factory House no Porto, para além de desenvolver negócios na capital inglesa, como sócio fundador do Westminster Bank. De entre os 12 irmãos, John William, também dedicado ao meio financeiro, foi fundador e director do London County Banking Company.
As actividades financeira e comercial dos Burmester foram notórias na capital inglesa, a tal ponto que o nome de família está perpetuado na conhecida Burmester Road, situado no elegante bairro de Wimbledon.
Frederick Burmester foi obrigado a abandonar Portugal devido às invasões napoleónicas sem deixar descendentes directos. Mais tarde, em 1834, Johann Wilhelm Burmester, um parente afastado vivendo em Hamburgo, é convidado a assumir os negócios do Vinho do Porto, mudando a razão social da companhia para J.W. Burmester & Cª, em 1880.
Seis filhos nasceram do seu casamento, dando continuidade a diferentes negócios como o Vinho do Porto, os seguros, a produção de garrafas, a navegação e o têxtil.
O filho mais velho, Gustav Adolf, juntamente com o irmão Otto, foram os grandes seguidores e empreendedores da CASA BURMESTER. Gestor e visionário, Gustav Adolf aumentou consideravelmente os volumes de exportação para novos mercados europeus e para o continente americano. Definiu uma nova estratégia de marketing, registando a marca J.W. Burmester em 1900, criando novas rotulagens e prestigiando os vinhos com medalhas de ouro em concursos nacionais e internacionais - Lisboa 1888; Berlim 1888; Paris 1889; Chicago 1893.
Após a I Guerra Mundial, o efeito sentido no Sector do Vinho do Porto foi bastante negativo. À geração seguinte competia relançar os negócios. João Guilherme Burmester, o seu genro Hans Steinmetz e seu sobrinho Karl Gilbert, recuperaram a empresa, assistindo e participando na criação de novas estruturas, passando a regular a produção, comercialização e exportação do Sector do Vinho do Porto.
A partir de 1952, a geração Burmester Gilbert - Helmut e Arnold - assumem o negócio, fundando mais uma empresa de Vinho do Porto em 1962 - Gilberts e Cº.
De geração em geração, os Burmester e Gilbert destacaram-se pelo rigor e saber que devotaram ao Vinho do Porto, elevando o nome Burmester ao mais alto nível de qualidade e reconhecimento internacional.
No final do milénio, o Grupo Amorim adquire a CASA BURMESTER, tendo recentemente sido adquirida pelo Grupo Sogevinus SGPS, S. A.
O Grupo Sogevinus passará a ter um maior âmbito de actuação, através da oferta de uma vasta gama de vinhos para apresentar aos seus clientes, podendo mais rapidamente responder às exigências de mercado.