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Fábricas de Cerâmica |
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| Fábrica de Massarelos | |
Massarelos, é a mais antiga representação das fábricas de faiança criadas no Porto.
Fundada em 1766 por Manuel Duarte Silva, na Rua de "Sobre o Douro", em Massarelos.
A sua existência foi explorada por diversos proprietários e industriais.
Por este facto, e tendo em conta que foram relevantes as diferenças de pintura em várias cores, costuma dividir-se o fabrico em 5 períodos distintos:
Assim entre 1766/1819 o combustível utilizado era a carqueja. A decoração prendia-se com cores azul, verde, amarelo e cor de vinho.
Entre 1819/1845, a fábrica entra no seu segundo período sendo arrendada a Rocha Soares, da fábrica de Miragaia. Uma vez que entre estes existia um relacionamento familiar, a fabrica de Massarelos continuou, como de inicio, uma empresa familiar.
Neste período, a faiança usa pasta mais fina, com decoração policroma ou monocroma, de cor azul, cor de vinho, e ainda, as cores e esmaltes usados pela fábrica de Miragaia.
No 3º período, inicia-se o fabrico de faiança utilizando o esmalte plumbífero, pintura monocroma azul, e na decoração aplica-se a estampilha. A fábrica emprega barro vermelho de Valbom de Baixo (Gondomar). Este período situa-se entre o ano de 1845e o ano de 1873.
No 4º período (1873/1895) houve uma tentativa de maior industrialização na fábrica produzindo-se azulejos lisos e em relevo, além de louça sanitária e várias peças artísticas..
O 5º período (1900/1920), pertence já ao século XX e refere-se à produção de faiança tipo, acentuadamente, inglês com aplicação de decalques.
A partir de 1912 a gestão da fabrica pertence à firma Chambers & Wall.
O edifício da fábrica de Massarelos, na Restauração, é devastado em 1920 em virtude de um incêndio de grandes proporções, contudo esta transição não afecta o prestígio da marca " Massarelos - Porto" que continua a ser utilizado na produção da fábrica da quinta do Roriz, em Quebrantões Norte, perto da ponte D. Maria Pia, alongando-se face à margem do Douro.
Desta fabrica restam para memória, dois fornos transplantados que se podem observar na margem da Avenida Gustavo Eifel.
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