Os espectáculos são oferecidos pela organização do XII Simpósio Internacional de Fogo-de-Artifício, que nesses mesmos dias decorrerá num hotel do Porto, sob organização da Associação Nacional das Empresas de Produtos Explosivos (ANEPE).

O mega-foguete vai ser lançado do Jardim do Calem, no Porto, pelas 21 horas de quarta-feira, no âmbito uma sessão de deflagração de foguetes tradicionais portugueses.

Em declarações à Lusa, o presidente da ANEPE, António Rodrigues, explicou que se trata de um foguete com 12 quilos, cana de seis metros e 30 propulsores (rastilhos).

Adiantou que, devido ao seu tamanho, não será lançado por um fogueteiro, mas por um dispositivo accionado mecanicamente.

"Já testamos modelos similares e achamos que vai funcionar", disse António Rodrigues, que quis guardar segredo sobre a oficina que produziu o foguete, preferindo sublinhar que se trata de um engenho oferecido por todos os associados da ANEPE.

Convidado a estabelecer as diferenças deste mega-foguete face aos demais, António Rodrigues explicou que um engenho tradicional pesa seis a 12 vezes menos, a cana não vai além dos três metros e os propulsores são apenas um ou dois.

Ao todo, a organização do simpósio internacional oferece ao público do Porto e Gaia dois espectáculos diurnos e 12 nocturnos, distribuídos por quatro dias, e espera que cada sessão seja presenciada por pelo menos 50 mil pessoas.

Na segunda e terça-feira, às 22 horas, e na sexta-feira, às 23.30 horas, haverá sessões de lançamento de fogo-de-artifício a partir de batelões no rio Douro.

Na quarta feira, entre as 17 e as 21horas, ocorrerá o lançamento de peças de fogo tradicionais a partir da zona da Afurada, Gaia, e o lançamento do mega-foguete, a partir do Largo do Calem, no Porto.

O industrial pirotécnico José Carlos Macedo será um dos responsáveis pelo espectáculo de quarta feira, contribuindo com peças para sessões de fogo nocturno (foguetes de lágrimas) e de "fogo preso".

Na sua oficina de Vila Meã, Amarante, já estão prontos vários bonecos com esqueleto em madeira e indumentária de papel que se vão movimentar por acção de artefactos pirotécnicos, disse o industrial à Lusa.

Um pescador a remar, um ciclista a dar ao pedal, uma lavradeira a dançar um vira e - ou não fosse esta uma iniciativa de pirotécnicos - um fogueteiro a lançar petardos são alguns trabalhos de "fogo preso" que José Carlos Macedo preparou para mostrar ao Porto e a Gaia.

José Carlos Macedo, oriundo de uma família que há três gerações produz artefactos pirotécnicos, lançou há um ano uma nova empresa, que emprega seis pessoas e que gera um volume de negócios de 300 mil euros por ano.