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Lembrar as invasões francesas

Filipe Alves Pinto, O Primeiro de Janeiro [2007-09-27]

Foi apresentado o plano de actividades para a comemoração do bicentenário do desastre das Ponte das Barcas, que se deu durante a segunda invasão das invasões francesas. Uma cerimónia solene em que serão evocados os mortos da efeméride e o descerram,ento d

O bicentenário das invasões francesas será comemorado em Março de 2009 no Porto e dará particular atenção ao fatídico episódio da Ponte das Barcas. Numa apresentação à comunicação social, ontem, no salão nobre da Câmara do Porto, do plano de actividades para os dias da comemoração, que será realizada em 28 e 29 de Março de 2009, o responsável pela comissão encarregue da preparação da festividade, Valente de Oliveira, salientou o empenho de todos os envolvidos na comissão, confiando no bom decorrer do trabalho efectuado e a efectuar. O responsável informou que oito dias antes da data das comemorações irão começar as reconstituições históricas dos acontecimentos recordados, com o apoio de grupos voluntários.

Leque de actividades
Para além das recriações históricas, o programa da celebração dos duzentos anos passados sobre as invasões napoleónicas, e em particular sobre o desastre da Ponte das Barcas em 1809, irá contar com um variado leque de actividades. O momento mais importante será uma cerimónia solene em que serão evocados os mortos da tragédia da Ponte das Barcas, assim como o descerramento de dois monumentos, um em Gaia e outro no Ponto, assinalando os locais dos encontros da ponte. Será ainda dado um concerto de música erudita, do tempo de D. João VI na Casa da Música e, na Biblioteca Municipal Almeida Garret, terá lugar uma exposição sobre a época das invasões napoleónicas e a apresentação do “mais cientificamente completo” livro sobre as invasões francesas e a guerra peninsular, intitulado «O Porto e as Invasões Francesas», que conta com a participação de investigadores nacionais, espanhóis, franceses e ingleses. Uma Missa de Requiem será celebrada, em memória dos mortos resultantes da guerra peninsular, sendo interpretado o Requiem de Camões, de Domingos Bontempo. O Coliseu do Porto terá também um papel no âmbito das comemorações, onde será interpretado, pela primeira vez no Porto, o Requiem da Guerra, de Benjamim Britten. 

No final de Agosto e início de Setembro, ainda evocando as invasões francesas, será realizado na Alfândega do Porto o Congresso Anual da Comissão Internacional de História Militar, que dará especial atenção às Guerras Napoleónicas e à Guerra Peninsular. A dirigir o congresso está a Comissão Portuguesa de História Militar, encabeçada pelo General Sousa Pinto.

Carga histórica
O presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, salientou a “carga histórica pesada em relação àquilo que foram as invasões francesas”, que “não é proporcional ao conhecimento que existe da situação. A esmagadora maioria dos portuenses sabe que os franceses estiveram aqui, têm uma noção de quando foi, mas, por exemplo, já ouviram falar no desastre da Ponte das Barcas, e a maior parte das pessoas não liga o desastre às invasões francesas”, disse. Rui Rio salientou ainda a importância das invasões francesas para o Porto e para o País, sendo na sequência destas que D. Pedro IV dá início à revolução liberal. O presidente da Câmara do Porto referiu ainda que as comemorações, apesar da solenidade devida aos acontecimentos que evocam, serão acessíveis a toda a população. Sobre o livro que está a ser elaborado sobre as invasões francesas e que será apresentado em 2009, Rui Rio afirmou que “não vai haver nada em Portugal com tanta força científica como este livro”.
Segundo uma nota de imprensa distribuída à comunicação social, o próprio Napoleão Bonaparte terá considerado, durante o seu exílio em Santa Elena, que foram as “contrariedades” que teve na Península Ibérica, e em particular com os portugueses, que terão levado ao progressivo falhanço dos seus projectos. Napoleão terá mesmo afirmado que foi a Guerra Peninsular que o perdeu. “Todas as circunstâncias do meu desastre se vão ligar a esse nó fatal”, terá dito.
A causa primeira do falhanço do bloqueio que Napoleão tentou impor aos portos do Continente Europeu, terá mesmo sido a resistência Portuguesa, que obteve sempre formas de o contornar. O invasor francês não se apercebeu da força das milícias e das populações em geral da península, que “tornaram a vida dos seus exércitos num inferno”. Os franceses não teriam sequer um conhecimento adequado da realidade portuguesa, e avaliaram também mal a disciplina das forças inglesas e a forma como as forças portuguesas com elas se entrosaram. A primeira e falhada invasão francesa foi comandada por Junot em 1807 e a segunda, que “deixou uma marca profunda com o episódio da Ponte das Barcas, foi liderada por Soult em 1809. A terceira ocorreu em 1810, comandada por André Masséna.

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A saber...
As pontes
Segundo alguns especialistas não terá havido uma Ponte das Barcas, mas sim várias, montadas e desmontadas de acordo com as exigências do Douro. Ainda assim, em 1806 foi inaugurada uma travessia composta por 20 barcas justapostas lado a lado, ancoradas ao fundo do rio a montante e a juzante. Por cima, um estrado permitia a passagem de pessoas e mercadorias. A 29 de Março de 1809 dá-se o célebre desastre da Ponte das Barcas, quando milhares de pessoas em fuga contra o exército francês invasor se precipitaram sobre a estrutura, arrastando para a morte centenas, ou mesmo milhares de pessoas. Ainda terá sido reconstruída, mas os franceses incendiaram-na pouco depois para impedir a passagem das tropas anglo-lusas sob o comando de Wellesley. Até à entrada em funcionamento de uma nova travessia, ainda foram construídas mais duas pontes de barcas. A falta de segurança, aliada aos «humores» das águas do Douro, motivou a construção de uma nova ponte. Inaugurada em 1843, a Ponte Pênsil, de duração efémera, foi a primeira estrutura permanente a ligar as duas margens.

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