A Casa das Sereias, situada ao fundo da Rua da Bandeirinha, antigo Monte dos Judeus.
O nome por que é conhecido vem-lhe das duas exóticas e gigantescas sereias que ladeiam o portal.
O edifício foi construído em meados do século XVIII para residência da família Portocarrero, em local onde se situou uma antiga judiaria. É constituído por três pisos, de arquitectura simples, exceptuando a fachada magnificentemente esculpida, dividida em três partes, separadas por pilastras, bem como os extremos da frontaria que simulam torreões coroados de ameias delimitados pelas pilastras que sobem do piso térreo até ao cimo.
A parte central é constituída, no piso térreo por um sumptuoso portal de granito encima por um frontão circular onde se encaixa a pedra de armas dos Portocarreros.
Por cima do portal , no andar entremédio, podemos admirar duas elegantes janelas ornamentadas com balaústres de pedra. O andar nobre tem uma única janela sacada decorada com motivos rococó, com varanda e balaústres em granito.
Nas partes laterais do corpo central e nas outras partes correspondentes aos pseudo- torreões, a fachada apresenta varias series de janelas, à excepção das do ultimo andar, que possuem decoração devoluta, rematadas por conchas a substituir os frontões.
A família Portocarrera abandonou este palácio em 1809, altura em que os populares chacinaram seu filho por o julgarem envolvido com os invasores franceses, desde então o palácio permaneceu fechado até 1955, sendo vendido ao Instituto das Filhas da Caridade que ali estabeleceram o colégio, Casa Madalena de Canosa, que funciona ainda nos dias de hoje.
No largo fronteiro à casa uma pirâmide servia de suporte à Bandeirinha da Saúde, que marcava o limite da atracagem dos navios em tempo de peste.
A peculiar localização deste palácio torna-se quase de passagem obrigatória a todos os que apreciam os recantos deste Porto escondido, que de qualquer local nos brinda com o azul do Douro e as cascatas de casas que povoam as suas margens.
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