Foi mandado construir no século XVIII, mais precisamente a 21 de Junho de 1792, num terreno que ficava no lugar dos Carvalhos do Monte, local deixado livre pela demolição de uma parcela da Muralha Fernandina, entre a Batalha e o Postigo do Sol.
O projecto foi arquitectado por Reinaldo Oudinot e destinava-se a asilo de desvalidos e rapazes abandonados, retirando-os das ruas, à semelhança da Instituição de Pina Manique.
Exteriormente, merece destaque o corpo central da fachada, com uma varanda corrida ao nível do andar nobre, de onde se abrem três largas janelas e se recorta um sóbrio frontão triangular, o qual tem inserido a granito as armas reais.
O edifício teve várias utilizações. Antes de 1832 no andar térreo funcionaram as prisões de recrutas e criminosos militares de Calceta e nos restantes pisos foram instaladas as secretarias e repartições pertencentes à guarnição do Porto. Também aí residiam alguns oficiais solteiros da guarda real da polícia.
Na zona norte do edifício esteve instalado o Quartel General da região norte.
Anos mais tarde, o edifício foi convertido em sede da repartição da fazenda, pagadoria militar, quartel general, estação telegráfica eléctrica, e governo civil.
Na impossibilidade de expansão e principalmente na dificuldade técnica de acrescentar um 3° andar foi mandado demolir o arco da Porta do Sol, estendendo-se para este lado o acrescento que se lhe fez em 1875.
Este edifício, inicialmente destinado à Casa Pia ou mais correctamente à Real Casa Pia da Correcção e de educação, acabou por albergar as mais variadas instituições publicas, das quais ainda lá permanece nos dias de hoje o Governo Civil.
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