A actual igreja paroquial de S. Pedro de Miragaia é a mais recente de várias outras igrejas que, terão existido na pequena localidade de pescadores, integrada na cidade do Porto há vários séculos.
"Igreja de origem muito antiga, foi reconstruída no séc. XVIII. contudo não é conhecido o seu ano de construção. Mas existem diversas notícias certas que apontam sobre a sua antiguidade, em 1453, foi nela depositado o corpo de S. Pantaleão (adoptado como padroeiro da cidade do Porto), que o bispo D. Diogo de Sousa trasladou para a Sé em 1499, onde ainda está numa pequena urna de prata, deixando, contudo, na igreja de Miragaia um braço do santo, como relíquia. Diga-se a este propósito que o corpo do santo mártir teria sido trazido de Constantinopla, quando a cidade foi tomada pelos turcos, em 1453, por um grupo de cristãos arménios que, fugindo, apartaram à foz do Douro e, subindo o rio, depositaram as relíquias na igreja de Miragaia, perto da qual se estabeleceram, dando origem à Rua dos Arménios (actualmente Rua Arménia). Em 1672, o bispo D. Nicolau Monteiro reformou a antiga igreja; já em 1740, sendo considerada demasiado pequena para a crescente população da freguesia, foi em parte demolida, aproveitando-se, para a construção da actual, apenas a capela-mor e os lados do transepto. "
A frontaria desta igreja é de estilo simples, apresentando alguns traços característicos das construções de meados do século XVIII. Tem um portal com frontão triangular, ladeado de pilastras, e um grande janelão gradeado, sobre cuja moldura superior está colocada uma tiara, cruz e chaves de S. Pedro.
Ladeando o janelão, figuram ornatos piramidais, de fantasia barroca. Remata a fachada um amplo frontão triangular, em cujo tímpano figura a legenda latina «Divo Petro Dicata» (Dedicada a S. Pedro), sobre o qual se ergue uma cruz trilobada e quatro urnas.
As paredes exteriores e interiores, bem como a torre, situada à direita da fachada, foram revestidos de azulejos emblemáticos, entre 1863 e 1876.
O interior da igreja é de uma só nave. Sendo que a sua constituição é modesta, enriquecida apenas pelo retábulo da capela de Nossa Senhora do Carmo, de talha seiscentista, que pertenceu à igreja do extinto convento de Monchique e foi ali colocado no século passado. É merecedor de igual destaque, o painel do altar de Santa Rita, também do século XVII.
Outra das boas peças desta igreja, pela sua técnica e colorido, é o tríptico que pertenceu à capela do Espírito Santo( localizada em anexo à igreja paroquial, ao cimo duma escadaria lateral, era administrada pelos mareantes, actualmente sem qualquer serventia, foi até há pouco utilizada por jovens escoteiros da paróquia, que nela desenvolviam as suas actividades).
Esta obra notável da escola holandesa está guardada no Museu da Companhia.
A parte mais rica da igreja é, no entanto, a capela-mor. Totalmente revestida de talha seiscentista, reforçada com elementos de estilo rococó vindos também da igreja de Monchique, o que dá ao conjunto um aspecto admirável. De cada lado, entre as tribunas, dois notáveis alto-relevos em madeira pintada, representando o Triunfo da Eucaristia e o Triunfo da Cruz. O retábulo, também de talha sumptuosa, tem duas belas imagens de S. Pedro e S. Basílio.
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Terça a sábado 16.30-19.30
Domingo 10.00-11.30
Encerra: segunda
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Entrada Grátis
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