A Croft foi fundada há mais de trezentos anos. Os primeiros indícios da sua actividade de exportação de Vinho do Porto datam de 1678, que por coincidência foi o ano dos primeiros embarques de Vinho do Porto de que há registo. No início a companhia era conhecida pelo nome dos seus fundadores, Phayre & Bradley e assumiu o nome actual em 1736 após a entrada de John Croft, membro de uma ilustre família de mercadores de vinhos de Yorkshire, Inglaterra.
A família Croft desempenhou um papel proeminente no sector do Vinho do Porto e elevou a Croft à posição de distinção que ainda hoje ocupa. O sobrinho em segundo grau de John Croft, seu homónimo, foi uma das principais figuras do sector no século XVIII. O seu Tratado sobre os Vinhos de Portugal, de 1788, é ainda hoje uma das mais importantes fontes de informação sobre a historia do Vinho do Porto.
Apesar de se ter estabelecido na cidade do Porto e de se manter activa no sector do Vinho do Porto, a família Croft nunca perdeu o contacto com as suas raízes em Yorkshire. No seu tratado, John Croft auto-intitula-se de “Membro da Feitoria no Porto e Mercador de Vinhos de York. A família regressou a Inglaterra no século XIX, após as Guerras Peninsulares, pelo que já não há descendentes associados à casa Croft. Contudo, manteve o gosto pelos grandes vinhos fortificados do Douro e a Percy Croft, falecido em 1935, foram atribuídas as famosas palavras: “Todo o tempo que não é passado a beber Vinho do Porto é tempo desperdiçado.”
Em 1911 a Croft foi comprada pela conhecida família de mercadores de vinhos Gilbey. Hoje em dia é propriedade de descendentes de duas velhas famílias do sector do Vinho do Porto, os Yeatman e os Fladgate, que a gerem.
O lugar de distinção ocupado pela Croft e pelos seus vinhos deve-se principalmente à sua Quinta da Roêda, uma das melhores quintas do Douro.